O calendário de vacinação de 2019 para a gripe foi inclusive antecipado em relação ao ano anterior. E tem motivo para isso
No lançamento da campanha de vacinação contra a gripe de 2019, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sentenciou: “As vacinas vão garantir a saúde no inverno para aqueles que necessitam e evitar que a infecção pelo vírus influenza se transforme em pneumonia, tristeza e óbito”.
Mas por que as doses são oferecidas tanto tempo antes da estação mais fria do ano chegar?
São vários motivos. O primeiro: a meta é imunizar 58,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários. E isso é muita gente. Com um prazo estendido, é possível que todo esse pessoal – crianças, gestantes, idosos, indivíduos com certas doenças crônicas, professores… – vá aos postos de saúde.
Porém, há mais razões que explicam o início da campanha nacional de 2019 ter acontecido no dia 10 de abril (ela vai até o 31 de maio, enquanto o inverno começa no 12 de junho). Por exemplo: esse ano, já somamos 255 casos confirmados de gripe – muitos pelo vírus H1N1 –, a maioria na região Norte.
Isso inclusive fez com que o estado do Amazonas antecipasse a campanha. Ou seja, o vírus está circulando no país.
Mais importante do que isso, a vacina contra a gripe demora de duas a três semanas para fazer efeito. Por quê?
O imunizante contém resquícios inativados de diferentes subtipos do vírus influenza – não há qualquer risco de eles provocarem gripe, diga-se de passagem. E o nosso organismo precisa de um tempo para, uma vez em contato com essas partículas, produzir anticorpos que nos protegerão contra gripe.
Logo, se a campanha começasse perto do inverno, bastante gente tomaria a injeção, mas não estaria devidamente protegida nos primeiros dias dessa estação.