É de consenso mundial a indicação da vacina influenza anualmente para pacientes com doenças reumáticas. Apesar deste conhecimento, estudos anteriores e atuais apontam para taxa de cobertura vacinal inferiores a 50% na maioria dos países.
Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo vírus influenza, porém alguns grupos estão mais propensos a desenvolver formas graves da doença, dentre eles as pacientes doenças crônicas e imunossuprimidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população é infectada anualmente pelo vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações decorrentes da doença. Entre elas, 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças e 700 milhões de crianças e adultos com alguma doença crônica.
As vacinas influenza disponíveis no Brasil, trivalente ou quadrivalentes, são todas inativadas (de vírus mortos), portanto, sem capacidade de causar doença e sem restrições de uso em populações com doenças com características autoimunes – populações que têm indicação de vacinação especialmente reforçada.
As recomendações para ambas as vacinas são as mesmas. No entanto, as vacinas quadrivalentes só estarão disponíveis em clínicas privadas de imunização. É importante enfatizar que os grupos de maior risco para as complicações e óbitos por influenza, com acesso à vacinação pela rede pública não devem deixar de vacinar-se, utilizando a vacina disponível pelo sistema público.
O que muda de ano para ano? Um vírus pode sofrer mutação e trazer infecções mais sérias porque não encontra uma população protegida por exposições anteriores.
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