O calendário de vacinação do bebê inclui as vacinas que a criança deve tomar desde que nasce até aos 4 anos de idade, já que o bebê quando nasce não possui as defesas necessárias para combater infeções e as vacinas ajudam a estimular a proteção do organismo, diminuindo o risco de ficar doente e ajudando a criança a crescer saudável e a ter um desenvolvimento adequado. Entenda como funciona o sistema imunológico.
Todas as vacinas do calendário são recomendadas pelo Ministério da Saúde e, por isso, são gratuitas, devendo ser administradas na maternidade, num posto de saúde ou no pediatra. A maioria das vacinas são aplicadas na coxa ou no braço da criança e é fundamental que os pais, no dia da vacina, levem a caderneta de vacinação para que sejam registradas quais vacinas que já foram administradas, além de poder marcar a data da próxima vacinação.
Vacinas que o bebê deve tomar
O calendário de vacinação do bebê foi atualizado pela última vez em 2016, reduzindo o número de doses de algumas vacinas. Assim, o plano que está atualmente em vigor inclui:
Ao nascer
Vacina BCG: é uma dose única que evita as formas graves de tuberculose e, que normalmente é aplicada na maternidade e deixa uma cicatriz no braço ao longo da vida, devendo-se formar até aos 6 meses;
Vacina da Hepatite B: a 1ª dose da vacina evita a hepatite B, que é causada por um vírus que pode afetar o fígado, devendo ser aplicada nas primeiras 12 horas após o nascimento.
2 meses
Vacina VIP: 1ª dose da vacina contra a poliomielite, também conhecida por paralisia infantil;
Vacina VORH: 1ª dose contra a gastroenterite que é dada através de umas gotinhas na boca do bebê;
Vacina Pentavalente: 1º dose da vacina contra a difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B;
Vacina Pneumocócica 10V: 1ª dose contra doença invasiva pneumocócica, meningite, pneumonia e otite.
3 meses
Vacina Meningocócica C: 1ª dose, contra Meningite meningocócica do serogrupo C.
4 meses
Vacina VIP: 2ª dose da vacina contra a paralisia infantil;
Vacina Pentavalente: 2ª dose com VIP da vacina contra a difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B;
Vacina VORH: 2ª dose contra a gastroenterite;
Vacina Pneumocócica 10V: 2ª dose contra doença invasiva pneumocócica, meningite, pneumonia e otite.
5 meses
Vacina Meningocócica C: 2ª dose, contra Meningite meningocócica do serogrupo C.
6 meses
Vacina VOP: 3ª dose da vacina contra a paralisia infantil;
Vacina Pentavalente: 3ª dose da vacina com VIP contra a difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B.
9 meses
Vacina contra febre amarela: dose única contra a febre amarela.
12 meses
Vacina Pneumocócica C: Reforço da vacina contra a meningite, pneumonia e otite.
Vacina Hepatite A: apenas uma dose única;
Vacina Tríplice Viral: 1ª dose contra o sarampo, rubéola, síndrome da rubéola congênita, caxumba;
Vacina Meningocócica C: reforço contra a meningite C;
15 meses
Vacina Pentavalente: 4ª dose da vacina VIP com 1º reforço da vacina DTP, que protege o bebê contra tétano, difteria e coqueluche;
Vacina VOP: 4ª dose da vacina contra poliomielite;
Vacina tetra viral: vacina que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e catapora;
4 anos
Vacina DTP: 2º reforço da vacina contra o tétano, difteria e coqueluche.
Vacina Pentavalente: 5ª dose com reforço de DTP contra tétano, difteria e coqueluche.
Em caso de esquecimento é importante vacinar a criança assim que for possível ir no posto de saúde, além de ser fundamental tomar todas as doses de cada vacina para o bebê ficar totalmente protegida.
Além das vacinas acima citadas o bebê também pode tomar a vacina contra o rotavírus que apesar de não proteger a criança 100% atenua os sintomas, o que é de grande ajuda, já os sintomas da rotovirose são muito intensos e podem levar à desidratação em poucas horas. Saiba mais sobre a vacina contra o rotavírus.
Quando ir no médico após a vacinação
Depois do bebê tomar uma vacina, é recomendado ir ao pronto socorro se o bebê apresentar:
- Alterações na pele como bolinhas vermelhas ou irritação;
- Febre superior a 39ºC;
- Convulsões;
- Dificuldade para respirar, tiver muita tosse ou fizer barulho ao respirar.
Estes sinais geralmente surgem até 2 horas depois da vacinação podem indicar reação à vacina. Por isso, ao surgirem os sintomas, deve ir no médico para evitar o agravamento da situação.
Além disso, também é indicado ir ao pediatra caso as reações normais à vacina, como vermelhidão ou dor no local, não desapareçam ao final de uma semana.
Febre alta e uso de corticoides são exemplos de fatores que impedem a vacinação, por isso saiba quando não vacinar a criança.