Vacina Febre Amarela
Vacina Febre Amarela: O aumento do número de casos de febre amarela em 2017, chamou a atenção das autoridades em saúde do país, segundo o Ministério da Saúde foi confirmado 758 casos da doença no Brasil, o que voltou assustar os brasileiros, uma vez que a doença foi erradicada dos centros urbanos desde 1942. Ao todo, foram notificados 3.192 casos suspeitos, sendo que 622 permanecem em investigação e 1812 foram descartados. Dos 426 óbitos notificados, 264 foram confirmados, 42 ainda são investigados e 120 foram descartados, em janeiro, o Ministério da Saúde encaminhou para Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro cerca de 24,5 milhões de doses de vacina febre amarela para intensificar a vacinação.
Febre Amarela: O que é?
Mas o que é a febre amarela? É uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus Flavivirus, que ocorre nas Américas (Central e do Sul) e na África. A febre amarela é dividida em:
Febre Amarela Silvestre: Que é transmitida por Haemogogus, um mosquito que vive no topo de árvores das florestas e transmite a doença principalmente a macacos e raramente transmite a habitantes de áreas rurais;
Febre Amarela Urbana: Que é transmitida pelo Aedes Aegypti e Aedes Albopictus. Este vírus foi extinto no Brasil desde que a vacina ficou disponível e a técnica de contenção foi implementada.
Muitas vezes as pessoas infectadas não apresentam manifestações da doença ou se apresentam de forma discreta. Os sintomas em geral, surgem até 6 dias após a picada pelo mosquito infectado. A pessoa pode apresentar febre alta (maior que 37,8ºC) e de início, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular e calafrios e podem surgir também náuseas, vômitos e diarreia.
O diagnóstico é feito por meio da coleta de sangue para exame sorológico, principalmente o isolamento do vírus em cultura. O exame deve ser colhido a partir do 5º dia do início dos sintomas, para assim as medidas certas serem aplicadas.
O tratamento contra a febre amarela é feito com repouso para hidratação e controle da febre. Muitos infectados acabam melhorando sem a necessidade de hospitalização. A internação só é indicada caso não haja melhora dos sintomas ou tenha sangramentos. É contra- indicado o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico, por aumentarem o risco de sangramentos.
Febre Amarela: Dose única
O Ministério da Saúde anunciou que a adoção da vacina é apenas de uma dose para a vida toda. Pessoas que já se vacinaram, não precisam mais se vacinar. A medida foi adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e é totalmente segura e garante proteção ao longo da vida.
Crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos, precisam se vacinar. Assim, a proteção está garantida para resto da vida. Para quem não foi vacinado, a orientação é receber a dose única. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajem para as áreas de recomendação da vacina. As pessoas que não vivem nas áreas recomendadas, ou que não vão se dirigir para essas áreas, não precisam se vacinar neste momento.
A vacina febre amarela é a única forma de proteção, a vacina é um vírus vivo atenuado, por isso, todas as pessoas com alteração de imunidade não podem receber a vacina. Após os 60 anos de idade ocorre uma queda da imunidade o que aumentam o risco de contrair a doença. Além de ser recomendado que pessoas acima de 60 anos tenham uma avaliação médica antes de receber a vacina febre amarela.
Vacina Febre Amarela: Contraindicação
A vacina febre amarela é contraindicada para crianças abaixo de seis meses de idade. Entre seis e nove meses é necessária uma avaliação médica do risco e benefício. Outras contraindicações são: pacientes com alergia a ovo, doença febril aguda, imunodeficiência primaria ou adquirida, doença do timo, pessoas com tratamento com corticoide, quimioterapia ou radioterapia, com infecções pelo HIV, gestante (que estão em situações especiais) e em pessoas acima de 60 anos.
Gestantes (em qualquer período gestacional) e mulheres amamentando só podem ser vacinadas se residirem em local de risco. Mulheres amamentando devem suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação e procurar um médico para orientação e acompanhamento para manter a produção do leite materno e garantir o retorno à lactação.
Turistas que forem para as áreas de risco devem se vacinar e os que nunca receberam nenhuma dose da vacina, é recomendado que seja vacinado pelo menos 10 dias antes da viagem, pois assim irá criar anticorpos e estará protegido. Quem já tomou a vacina não precisa de uma nova dose.
Caso, apresentar qualquer dos sintomas procure um médico e faça um exame laboratorial e se vacine.
Fontes: