Estamos no mês de Julho e as férias escolares estão se aproximando. Dentre todos os preparativos para esse período, acredito que você não colocou as vacinas em sua lista, acertei?
Você pode estar se perguntando: por que eu devo me preocupar com vacinas nesta época do ano?
É justamente sobre isso que vamos falar neste artigo!
Confira quais são as principais vacinas recomendadas e onde encontrá-las antes de você sair para desbravar o mundo.
Muitas pessoas realizam um check-up antes da viagem, que inclui exames para identificar doenças crônicas e prescrição de tratamentos.
No entanto, é essencial também atualizar o cartão de vacinas.
Com o retorno de algumas doenças como o Sarampo e a Coqueluche em todo o mundo, é fundamental realizar a imunização.
Conheça quais são as principais vacinas
As vacinas agem como ações preventivas de doenças que podem levar à óbito por isso são indispensáveis para o planejamento de uma viagem segura.
As principais vacinas recomendadas, são:
Vacina Tríplice Viral
Vacina tríplice viral: protege contra 3 doenças causadas por vírus (Sarampo, Caxumba e Rubéola);
Vacina tetra viral: protege contra 4 doenças causadas por vírus (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Catapora).
A vacina tríplice viral faz parte do calendário básico de vacinação da criança e é administrada em forma de injeção, contendo vírus atenuados contra o Sarampo, Rubéola e Caxumba.
Quem deve se vacinar?
pessoas de 9 meses a 49 anos de idade (pode ser aplicada a partir dos 6 meses em casos de epidemias);
pessoas de 12 meses a 29 anos precisam tomar a segunda dose após 30 dias de terem tomado a primeira dose.
No caso dos lactantes essa segunda dose é recomendada aos 18 meses de idade.
Não devem receber a vacina:
casos suspeitos de sarampo;
gestantes: devem se vacinar após o parto;
crianças menores de 6 meses de idade;
imunocomprometidos.
Esquema vacinal
De acordo com a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização), o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de duas doses.
O recomendado é que a primeira dose deve ser administrada logo após a criança completar um ano de idade, podendo ser aplicada a partir dos seis meses.
Nestes casos, geralmente, é aplicada a vacina tríplice viral.
É recomendado administrar a segunda dose aos 18 meses, apesar de não haver limite de idade para a aplicação desta dose.
Para adolescentes e adultos até 49 anos:
até os 29 anos – duas doses, podendo ser da tríplice ou tetra viral, esta última apenas em menores de 12 anos de idade;
dos 30 aos 49 anos – dose única.
Vacina Tríplice Bacteriana
A vacina tríplice bacteriana protege contra Difteria, Tétano e Coqueluche.
Quem deve se vacinar?
A versão clássica da tríplice bacteriana é indicada para meninos e meninas com até sete anos de idade.
Após essa data é utilizada a vacina de dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto).
A indicação é para profissionais que lidam com as áreas de:
saúde hospitalar;
saúde ambiental;
militares, policiais, bombeiros e profissionais da aviação;
profissionais que viajam muito;
alimentos e bebidas;
profissionais que trabalham com crianças ou animais;
manicures e podólogos.
Não devem receber a vacina:
A vacina não é indicada para pessoas que tenham apresentado reações graves a doses anteriores.
Esquema vacinal
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de três doses.
As crianças recebem a vacina aos 2, 4 e 6 meses. Dois reforços devem ser feitos aos 18 meses e 4 anos.
Para os adultos que não possuem registro de aplicação de doses anteriores devem receber uma dose de dTpa e duas doses de dT (dupla do tipo adulto).
Todos os adultos que não tenham recebido uma dose da vacina contendo toxoide tetânico nos últimos 10 anos devem receber uma dose de dTpa.
Esta vacina também é recomendada para gestantes.
Vacinas contra Meningite
Existem disponíveis três tipos de vacinas que protegem contra a Meningite
Meningocócica C
Este tipo previne de doenças causadas pela bactéria Meningococo do tipo C, incluindo a Meningite e a Meningococcemia. Trata-se de uma vacina inativada, ou seja, não causa a doença.
Meningocócica B
Deste tipo de vacina protege contra Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo do tipo B, como as doenças meningocócicas.
Vacina Meningocócica Conjugada Quadrivalente (ACWY)
Este tipo de vacina protege contra Meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo dos tipos A, C, W e Y, como doenças meningocócicas.
Quem deve se vacinar?
Crianças e adolescentes;
Adultos, dependendo da situação epidemiológica;
Pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica;
Viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
Não devem receber a vacina:
Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquema vacinal
O esquema vacinal varia de acordo com cada tipo de vacina contra a Meningite e de acordo com a idade. De acordo com a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro corresponde a:
Meningocócica C: administração de três doses para serem aplicadas aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos).
Além da aplicação dessas doses, devem ser realizados reforços entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade.
Para adolescentes, a recomendação é de que sejam aplicadas duas doses com intervalo de cinco anos.
Para adultos, somente em situações que justifiquem, a vacina deve ser administrada em dose única.
Meningocócica B: administração de quatro doses da vacina aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses. Iniciando após 6 meses são duas doses e um reforço após um ano.
Entre 2 e 10 anos, em não vacinados, aplicam-se duas doses com intervalo de 2 meses entre elas.
Os adolescentes que não foram vacinados na infância devem receber duas doses da vacina com intervalo de um mês entre elas.
Já os adultos com idade até 50 anos devem tomar a vacina sob situações que exijam a proteção e o recomendado são duas doses com intervalo de um mês entre elas.
Vacina Meningocócica Conjugada Quadrivalente (ACWY): a administração de três doses com início das aplicações aos 3 meses de idade e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos.
Para adolescentes que nunca receberam este tipo da vacina, o recomendado é a aplicação de duas doses com intervalo de cinco anos entre elas. Já para os adultos, a dose deve ser única.
Vacina Combinada Hepatite A e B
Para as pessoas que planejam viajar para Ásia, África e as regiões Nordeste e Norte do Brasil, é indicada a vacina contra Hepatite A e B.
A vacina combinada Hepatite A e B, protege contra infecções do fígado causado pelo vírus da Hepatite A e Hepatite B, como as doenças hepáticas.
Quem deve se vacinar?
Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos;
Pessoas que não foram vacinadas contra os dois tipos de hepatites.
Não devem receber a vacina: pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior e pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da Hepatite B.
Esquema vacinal
De acordo com a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de duas doses para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16, com intervalo de seis meses.
Adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos, devem receber três doses da vacina, com intervalo 0-1-5 entre a aplicação delas.
Vacina contra a Febre Amarela
Para algumas viagens ao exterior, é requerido o cartão de vacina internacional atualizado e uma das aplicações exigidas é a vacinação contra a Febre Amarela.
Assim, a vacina protege contra o arbovírus amarílico, da família Flaviviridae, a mesma do vírus da dengue.
O arbovírus é transmitido pelos mosquitos pertencentes às espécies Aedes e Haemogogus sendo assim, não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Quem deve se vacinar?
Crianças a partir de 9 meses, adolescentes e adultos que vivem em regiões brasileiras classificadas como áreas de recomendação de vacinação;
Pessoas em viagem nacional/internacional de risco para a doença, ou com obrigatoriedade de comprovação da vacinação.
Não devem receber a vacina:
crianças com idade menor a 6 meses;
indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório;
pessoas com imunodepressão grave por doença bem como quem faz udo uso de medicação;
pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina;
gestantes; mas a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco. Caso haja surtos no local de residência a aplicação da vacina é indicada;
mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses de idade. Caso a vacinação não possa ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Mas, sempre procure o pediatra para mais orientações;
pacientes submetidos a transplante de órgãos;
pacientes com câncer;
pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);
pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);
pacientes com alergia grave a ovo.
Esquema vacinal
De acordo com a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de dose única a partir dos 9 meses e vai até os 59 anos.
Mas, em situações de risco, idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser vacinados, desde que não haja contraindicação.
Vacina contra a Gripe
A vacina contra a Gripe também é uma recomendação, já que normalmente as pessoas visitarão locais fechados e com grande circulação, como aviões e ônibus.
Contudo, esse tipo de vacina previne contra infecções causadas pelo vírus Influenza, que causa a Gripe.
Quem deve se vacinar?
Todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.
Não devem receber a vacina: Pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum componente da vacina ou a dose anterior.
Esquema vacinal
De acordo com a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de duas doses para crianças de 6 meses a 9 anos de idade com intervalo de um mês e revacinação anual.
Sobretudo, para crianças maiores de 9 anos, adolescentes, adultos e idosos a aplicação da vacina deve ser em dose única anual.
Vacinas Pneumocócicas Conjugadas
Existem três tipos de Vacinas Pneumocócicas Conjugadas. São elas:
Vacina Pneumocócica Conjugada 10-valente (VPC10)
Previne cerca de 70% das doenças graves em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos, como Pneumonia, Meningite e Otite.
Vacina Pneumocócica Conjugada 13-valente (VPC13)
previne cerca de 90% das doenças graves em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos, como Pneumonia, Meningite, Otite.
Vacina Pneumocócica Polissacarídica 23-valente (VPP23)
Protege contra infecções pneumocócicas causadas pelos tipos mais comuns do vírus Pneumococcos.
Quem deve se vacinar?
Crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade;
Crianças com mais de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23;
Pessoas com idade maior a 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
Não devem receber a vacina:
Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina do mesmo modo, após a dose anterior da vacina.
Esquema vacinal
De acordo com a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.
Porém, o Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida bem como uma dose de reforço aos 12 meses.
Por outro lado, as crianças com idade entre 1 e 2 anos e que não foram vacinadas, devem receber duas doses com intervalo de dois meses.
Já para as crianças entre 2 e 5 anos de idade, somente uma dose.
Para as crianças com idade entre 2 e 5 anos e portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a VPP23.
Segundo a SBP e a SBIm a criança que foi vacinada com a VPC10, se beneficia da proteção de uma dose adicional da VPC13, administrada dois meses após a última VPC10.
Vacina contra Dengue
A princípio, essa vacina protege contra infecções causadas pelos quatro sorotipos de Dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), e só pode ser aplicada em pacientes que comprovadamente já foram infectados por vírus da Dengue no passado.
Assim, a eficácia na prevenção da doença é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%.
Quem deve se vacinar?
A vacina está licenciada para crianças a partir de 9 anos, adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos infectados por dengue.
Não devem receber a vacina:
pessoas imunodeprimidas;
alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina;
gestantes;
mulheres amamentando;
pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos).
Esquema vacinal
Segundo a SBIm, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de três doses com intervalo de seis meses entre elas.
LEMBRE-SE: Depois de tomadas as doses, é necessário fazer a versão internacional do cartão de vacina.
Este serviço é prestado em postos da Anvisa, nos aeroportos Centros de Orientação do Viajante.
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